Muitas capitais brasileiras amanheceram na expectativa de paralisação dos serviços e transporte público em decorrência da greve geral contra as reformas trabalhistas e da Previdência.
Partidos opositores, entidades sociais e centrais sindicais criticam e não aceitam as mudanças que alteram muitos itens da CLT, propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB).
Em São Paulo os trens não circularam e algumas linhas do metrô funcionaram de forma parcial durante o dia de ontem. Apenas a linha 4 Amarela (operada pela empresa privada ViaQuatro) funcionou normalmente.
As mobilizações contras as reformas aconteceramm de maneira simultânea em todo o país.
Na cidade de Mogi das Cruzes, a Prefeitura obteve duas decisões judiciais. As decisões concedidas pelo juiz da Vara da Fazenda Pública, Bruno Machado Milano, foram direcionadas aos sindicatos:
1 - do transporte rodoviário, visando garantir que serviços essenciais não fosse interrompidos, prejudicando os cidadãos. Porém, no período da manhã os ônibus não circularam devido aos riscos de vandalismo aos coletivos. Por conta dessa ameaça, o sindicato suspendeu a saída dos ônibus dos pátios das empresas para garantir a segurança dos funcionários e da população.
2 - ao Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal de Mogi das Cruzes e Guararema (SINTAP), para que este se abstivesse de promover atos que pudessem incentivar a paralisação parcial ou total, sob a multa de R$ 500 mil/d.
Em decorrência da liminar expedida, o SINTAP viu-se privado de manifestar ou participar dos atos que ocorreram na cidade, sob a ameaça de descumprir a decisão judicial recebida no anoitecer de quinta-feira(27).
Para o SINTAP os prejuízos vão além da coibição em permitir que a categoria se manifestasse em defesa dos direitos trabalhistas, pois também houve prejuízos financeiros, já que a entidade havia alugado um ônibus para transportar os servidores que participariam da manifestação em São Paulo.
A empresa responsável pelo fretamento não liberou a saída do ônibus alegando riscos de depredação ao veículo e ameaças à integridade física dos motoristas e passageiros. Com isso, os dirigentes da entidade ficaram impedidos de participar dos atos que ocorreram ao longo do dia.
Embora tenham acontecido inúmeros problemas, a Diretoria afirma que continuará em sua missão que é a de
organizar, mobilizar, representar os servidores municipais de Mogi das Cruzes; reivindicar, negociar e lutar por justiça social. Melhorar as condições da categoria tanto na área sindical (legal e política) quanto na área social (cultura, lazer e saúde), defendendo os direitos trabalhistas da classe.
28/04/2017
